Para perceberem melhor a Criação do Mundo Egipcio passamos a apresentar alguns deuses que existiam no Egipto...
NUN, é a divindade mais primitiva do panteão de Heliópolis. Personificava o abismo líquido ou as águas primordiais, a partir do qual todo o mundo foi criado; é a divindade mais velha e sábia de todas. Era representado como um homem barbado, com uma pena na cabeça e portando um cajado. É uma divindade bissexual e à vezes masculino. Nun gerou Atun ( o sol nascente ) e Re ou Rá ( o sol do meio dia ).
ATUN, Uma das manifestações do deus sol, especialmente ao entardecer, original de Heliópolis, era representado por um homem barbado usando a coroa dupla do faraó e menos freqüentemente, como uma serpente usando as duas coroas do Alto e do Baixo Egito. Era considerado o rei de todos os deuses, aquele que criou o universo. É o mesmo deus Rê ou Rá que gerou Shu o ar e Tefnut a umidade. Atun e Rê ou Rá, foram mais tarde unidos ao deus carneiro de Tebas Amon e ficou conhecido pelo nome de Amon-Rê ou Amon-Rá.
AMON, o deus-carneiro de Tebas, rei dos deuses e patrono dos faraós, ele é o senhor dos templos de Luxor e Karnac. Tem por esposa Mut e por filho Khonsu. Passou a ser cultuado por volta de 2000 a.C. e traz algumas funções de Rá, sob o nome de Amon-Rê ou Amon-Rá, o criador dos deuses e da ordem divina. Ele é o sol que dá vida ao país. À época de Ramsés III. Amon tornou-se um título monárquico, mesmo título que Ptah e Rá. Freqüentemente representado como um homem vestido com a túnica real e usando na cabeça duas altas plumas do lado direito, ele se manifesta, igualmente, sob a forma de um carneiro e, mais raramente, de um ganso.
RÁ ( ou Rê), o criador dos deuses e da ordem divina, recebeu de Nun seu pai (mãe) o domínio sobre a Terra, mas o mundo não estava completamente acabado. Rá se esforçou tanto para terminar o trabalho da criação que chorou. De suas lágrimas, que banharam o solo, surgiram os seres humanos, masculinos e femininos. Eles foram criados como os deuses e os animais e Rá tratou de fazê-los felizes, tudo o que crescia sobre os campos lhes foi dado para que se alimentassem, não deixava faltar o vento fresco, nem o calor do sol, as enchentes ou as vazantes do Nilo. Como era considerado o criador dos homens, os egípcios denominavam-se o "rebanho de Rá". O deus nacional do Egito, o maior de todos os deuses, criador do universo e fonte de toda a vida, era o Sol, objeto de adoração em qualquer lugar. A sede de seu culto ficava em Heliópolis, o mais antigo e próspero centro comercial do Baixo Egito. Na Quinta Dinastia Rá, o Deus-Sol de Heliópolis, tornou-se uma divindade do estado. Foi retratado pela arte egípcia sob muitas formas e denominações e era também representado por um falcão, por um homem com cabeça de falcão ou ainda, mais raramente, por um homem. Quando representado por uma cabeça de falcão estabelecia-se uma identidade com Hórus, outro deus solar adorado em várias partes do país desde tempos remotos.
SHU, é o deus do ar e da luz, personificação da atmosfera diurna que sustenta o céu. Tem a tarefa de trazer Rá, o deus Sol, seu pai, e o faraó à vida no começo de cada dia. É representado por um homem barbado usando na cabeça uma pena simples ou quatro longas plumas. É a essência da condição seca, do gênero masculino, calor, luz e perfeição. Aparece frequentemente nas pinturas, como um homem segurando Nut, a deusa do céu, para separá-la de Geb, o deus da Terra. Com Tefnut, sua esposa, formava o primeiro par de divindades da enéade de Heliópolis. Era associado ao Leão.
NUT, deusa do céu que acolhe os mortos no seu império, é muitas vezes representada sob a forma de uma vaca. Com o seu corpo alongado, coberto por estrelas, forma o arco da abóbada celeste que se estende sobre a terra. É como um abraço da deusa do céu sobre Geb, o deus da Terra. Nut e Geb são pais de Osiris, Isis, Seth, Néftis e Hathor. Osiris e Isis já se amavam no ventre da mãe e a maldade de Seth, logo ficou evidente, quando ao nascer, este rasgou o ventre da mãe.
ÍSIS, é a mais popular de todas as deusas egípcias, considerada a deusa da família, o modelo de esposa e mãe, invencível e protetora. Usa os poderes da magia para ajudar os necessitados. Ela criou o rio Nilo com as suas lágrimas. Conta a lenda que, após a morte de Osíris, ela transforma-se em um milhafre para chorá-lo, reúne os pedaços de seus despojos, se empenha em reanima-lo e dele concebe um filho, Horus. Ela defende com unhas e dentes seu rebento contra as agressões de seu tio Seth. Perfeita esposa e mãe ela é um dos pilares da coesão sócio-religiosa egípcia. Usa na cabeça um assento com espaldar (trono) que é o hieróglifo de seu nome.
OSÍRIS, irmão e marido de Isis, pai de Hórus. A origem de Osíris consta nos relatos da criação do mundo, sua geração é a ultima a acontecer e não representa mais os elementos materiais (espaço, luz, terra, céu...). Na lenda, que evoca o retorno da vida com a cheia do Nilo, após o período da seca, Osíris é morto, destruído e ressuscitado, representando a morte e renascimento da vegetação e de todos os seres. Por essa razão, ele é o deus dos mortos e do renascimento, rei e juiz supremo do mundo dos mortos. Acredita-se que ele tenha sido o primeiro Faraó e que ensinou aos homens as artes da agricultura e da civilização.
HÓRUS, filho de Isis e Osíris, Horus teve uma infância difícil, sua mãe teve de escondê-lo de seu tio Seth que cobiçava o trono de seu pai Osiris. Após ter triunfado sobre Seth e as forças da desordem, ele toma posse do trono dos vivos; o faraó é sua manifestação na terra. Ele é representado como um homem com cabeça de falcão ou como um falcão, sempre usando as duas coroas do Alto e Baixo Egito. Na qualidade de deus do céu, Hórus é o falcão cujos olhos são o sol e a lua. Com o nome de "Horus do horizonte", assume uma das formas do sol, a que clareia a terra durante o dia. Mantenedor do universo e de todo tipo de vida, Horus era adorado em todo lugar. Ele é considerado o mais importante de todos os deuses, aquele que guia as almas até o Dwat ( Reino dos Mortos ).
Reparem nas semelhanças que têm com alguns deuses que conhecemos, digam-nos o que acham...
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